• Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.

    Mateus 5:44,45

  • Disse-lhes ele: Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível

    .

    Mateus 17:20

  • Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre?

    Lucas 15:4

  • Então ele te dará chuva para a tua semente, com que semeares a terra, e trigo como produto da terra, o qual será pingue e abundante. Naquele dia o teu gado pastará em largos pastos.

    Isaías 30:23

  • As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem;

    João 10:27

prev next

Bem vindos!!

Sejam bem-vindos ao novo site e-cristianismo!! Nosso site foi recentemente invadido, então estamos trabalhando para recuperar o conteúdo. Esperamos terminar esta tarefa em breve.

Verso do dia

O Estado Intermediário dos Mortos

Escrito por  Marco Panaggio
Estado intermediário dos mortos

Para onde as pessoas vão ao morrerem? Esta é uma pergunta intrigante que todos fazem em algum momento da vida. A Bíblia nos fala do juízo final, quando todos serão encaminhados para seus lugares eternos: o céu ou o lago de fogo. E antes desse julgamento? Onde estarão os mortos? Haverá um tipo de "sala de espera" do tribunal de Cristo? Em busca de resposta a essa questões empreenderemos este estudo acerca do Estado Intermediário dos Mortos.

A VIDA PSÍQUICA APÓS A MORTE FÍSICA

O aspecto central no ensino neotestamentário acerca do futuro do homem é a volta de Cristo e os eventos que acompanharão essa volta: a ressurreição, o juízo final e a criação da nova Terra. Mas antes de avançarmos para considerar esse assuntos, temos de dar alguma atenção ao que normalmente é denominado de "o estado intermediário" - isto é, o estado do morto entre a morte e a ressurreição.

Desde o tempo de Agostinho, os teólogos cristão pensavam que, entre a morte e a ressurreição, as almas dos homens desfrutavam do descanso ou sofriam enquanto esperavam ou pela complementação de sua salvação, ou pela consumação de sua condenação. Na Idade Média, esta posição continuou a ser ensinada, e foi desenvolvida a doutrina do Purgatório. Os Reformadores rejeitaram a doutrina do Purgatório, mas continuaram a defender um estado intermediário, embora Calvino, mais do que Lutero, tendia mais a considerar esse estado como de uma existência consciente. Em sua obra Psychopannychia, uma resposta aos Anabatistas de seu tempo, que ensinavam que as almas simplesmente dormiam entre a morte e a ressurreição, Calvino ensinou que, para os crentes, o estado intermediário é tanto de benção como de expectação - por causa disso a benção é provisória e incompleta. Desde aquele tempo, a doutrina do estado intermediário tem sido ensinada pelos teólogos da Reforma, e se reflete nas Confissões da Reforma.

Entretanto, a doutrina do estado intermediário tem sido recentemente sujeita a uma crítica severa. G.C.Berkouwer retrata o ponto de vista de alguns destes críticos em seu recente livro sobre escatologia. G.Van Der Leeuw (1890-1950), por exemplo, sustenta que após a morte somente existe uma perspectiva escatológica para os crentes: a ressurreição do corpo. Ele rejeita a idéia de que exista "algo" do homem que continue após a morte e sobre o que Deus construiria uma nova criatura. De acordo com as Escrituras, assim insiste ele, o homem morre totalmente, com corpo e alma; quando o homem, mesmo assim, recebe uma nova vida na ressurreição, isto é um feito maravilhoso de Deus, e não algo que jorre naturalmente da existência atual do homem. Por causa disso, falar de "continuidade" entre nossa vida atual e a vida da ressurreição leva ao engano. Deus não cria nosso corpo ressurreto a partir de alguma coisa - por exemplo, nosso espírito, ou nossa personalidade - mas ele cria uma nova vida do nada, de nossa vida aniquilada e destruída.

Outro crítico moderno da doutrina do estado intermediário é Paul Althaus, um teólogo luterano (1888-1966). Esta doutrina, sustenta ele, deve ser rejeitada uma vez que pressupõe a existência continuada e independente de uma alma incorpórea, e por este motivo é mesclada com Platonismo. Althaus apresenta várias objeções à doutrina do estado intermediário. Esta doutrina não faz jus à seriedade da morte, uma vez que a alma parece passar incólume através da morte. Por sustentar que, sem o corpo o homem pode ser totalmente abençoado e completamente feliz, esta doutrina nega a importância do corpo. A doutrina tira o significado da ressurreição; quanto mais aumentarmos as bênçãos do indivíduo após a morte, mais diminuiremos a importância do último dia. Se, de acordo com esta doutrina, os crentes após a morte já estão abençoados e o ímpio já está no inferno, por que ainda é necessário o dia do juízo? A doutrina do estado intermediário é completamente individualista; ela envolve mais um tipo privado de bênção do que comunhão com os outros, e ignora a redenção do cosmos, a vinda do Reino e a perfeição da igreja. Em suma, conclui Althaus, esta doutrina separa o que deve estar junto: corpo e alma, o individual e o comunitário, felicidade e a glória final, o destino de indivíduos e o destino do mundo.

Em resposta a estas objeções, deve ser admitido que a Bíblia fala muito pouco acerca do estado intermediário e que aquilo que ela diz acerca dele é contingente à sua mensagem escatológica principal sobre o futuro do homem, que diz respeito à ressurreição do corpo. Temos de concordar com Berkouwer que aquilo que o Novo Testamento nos fala acerca do estado intermediário não passa de um sussurro. Temos também de concordar que em lugar nenhum o Novo Testamento nos fornece uma descrição antropológica ou exposição teórica do estado intermediário. Entretanto, permanece o fato de que há evidência suficiente para nos capacitar a afirmar que, na morte, o homem não é aniquilado e o crente não é separado de Cristo. Veremos mais adiante qual é esta evidência.

Nesse ponto, devemos fazer uma observação sobre a terminologia. Geralmente, é dito por cristão que a "Alma" do homem continua a existir após o corpo ter morrido. Este tipo de linguagem 'freqüentemente criticado como revelando um modo grego ou platônico de pensar. Será que isso é necessariamente assim?

Deve ser admitido que certamente é possível falar da "alma" de modo platônico. É bom lembrarmos que existem divergências entre essa visão e a concepção cristã do homem.

Mas, o fato de que os gregos usaram o termo alma de modo não bíblico não implica, necessariamente, que todo uso da palavra alma, para indicar a existência continuada do homem após a morte, seja errado. O próprio Novo Testamento utiliza ocasionalmente deste modo a palavra grega para a alma, psyche. Arndt e Gingrich, em seu Greek-English Lexicon of the New Testament, sugerem que psyche, no Novo Testamento, pode significar vida, alma como o centro da vida interior do homem, alma como o centro da vida que transcende a terra, aquela que possui vida, a criatura vivente, alma como aquela que deixa o reino da terra e da morte e continua a viver no Hades.

Existem, pelo menos, três exemplos claros do Novo Testamento onde a palavra psyche é usada para designar aquele aspecto do homem que continua a existir após a morte. O primeiro deles encontra-se em Mt.10:28: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma (psyche); temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo". O que Jesus diz é o seguinte: Existe algo seu que aqueles que o matam não podem tocar. Este algo tem de ser um aspecto do homem que continua a existir após a morte do corpo. Dois exemplos mais deste uso da palavra são encontrados no livro do Apocalipse: "Quando ele abriu o quinto sele, vi debaixo do altar as almas (psychas) daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam" (6:9): "Vi ainda as almas (psychas) dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus" (20:4). Em nenhuma destas duas passagens a palavra almas pode se referir a pessoas que ainda estejam vivendo na terra. A referência é claramente a mártires assassinados: a palavra almas é usada para descrever aquele aspecto desses mártires que ainda existe após seus corpos terem sido cruelmente abatidos.

Concluímos, portanto, que não é ilegítimo nem antibíblico usar a palavra alma para descrever o aspecto do homem que continua a existir após a morte. Devemos acrescentar que, às vezes, o Novo Testamento usa a palavra espírito (pneuma) para descrever esta aspecto do homem: por exemplo, em Lucas 23:46, Atos 7:59 e Hebreus 12:23.

As escrituras ensinam claramente que o homem é uma unidade e, que "corpo e alma" (Mt.10:28) ou "corpo e espírito" (I Cor. 7:34 Tg.2:26) são inseparáveis. O homem só é completo nesta espécie de unidade psicossomática. Porém, a morte faz surgir uma separação temporária entre o corpo e a alma. Uma vez que o Novo Testamento, ocasionalmente, realmente fala das "almas " ou dos "espíritos" dos homens como ainda existindo durante o tempo entre a morte e a ressurreição, nós também podemos fazê-lo, desde que lembremos que este estado de existência é provisório, temporário e incompleto. Uma vez que o homem não é totalmente homem sem o corpo, a esperança escatológica central das escrituras, em relação ao homem, não é a simples existência continuada da "alma" (conforme o pensamento grego) mas é a ressurreição do corpo.

Passaremos agora a investigar o que a Bíblia ensina acerca da condição do homem entre a morte e a ressurreição. Comecemos pelo Velho Testamento. De acordo com o Velho Testamento, a existência humana não finda com a morte; após a morte, o homem continua a existir no reino dos mortos, geralmente denominado Sheol. George Eldon Ladd sugere que o "Sheol é a maneira vétero-testamentária de afirmar que a morte não acaba com a existência humana."

Na versão King James a palavra hebraica Sheol é traduzida diversamente como sepultura (31 vezes), inferno (31 vezes) ou cova (31 vezes). Porém, tanto na Versão American Standard como na Versão Revised Standard, Sheol não foi traduzida.

Ao passo que admite que a palavra nem sempre significa a mesma coisa, Louis Berkhof sugere um sentido tríplice para Sheol: o estado de morte, sepultura ou inferno. É bem confirmado que Sheol possa significar tanto o estado de morte como a sepultura; mas é duvidoso que possa significar inferno.

Geralmente, Sheol significa reino dos mortos que deve ser entendido figuradamente ou como designando o estado de morte. Freqüentemente, Sheol é simplesmente usado para indicar o ato de morrer: "Chorando, descerei a meu filho até à sepultura (Sheol)" (Gn.37:35).

As diversas figuras aplicadas ao Sheol podem todas ser entendidas como se referindo ao reino dos mortos: é dito do Sheol que ele tem portas (Jó 17:16), que é um lugar escuro e triste (Jó 17:13), e que é um mostro com apetite insaciável (Pv.27:20 30:15-16 Is.5:14 Hc2:5). Quando considerarmos o Sheol deste modo, temos de lembrar que tanto o piedoso como o ímpio descem ao Sheol na morte, uma vez que ambos entram no reino dos mortos.

Às vezes, Sheol pode ser traduzido como sepulcro. Exemplo claro está no Salmo 141:7: "ainda que sejam espalhados os meus ossos à boca do Sheol se lavra e sulca a terra". Entretanto, este não parece ser um significado comum do termo, e especialmente não o é porque existe um termo hebraico para sepultura, gebher. Muitas passagens nas quais Sheol poderia ser traduzido por sepultura, têm também o sentido claro se traduzirmos Sheol por reino dos mortos.

Tanto Louis Berkhof como William Shedd sugerem que, às vezes, Sheol pode significar inferno ou lugar de punição para os ímpios. Mas as passagens citadas para sustentar esta interpretação não são convincentes. Um dos textos assim citados é o do Salmo 9:15: "Os perversos serão lançados no Sheol , e todas as nações que se esquecem de Deus". Mas não há indicação no texto de que uma punição está envolvida. Fica difícil crer que o Salmista esteja predizendo aqui a punição eterna de cada membro individual destas nações iníquas. A passagem, porém, tem sentido bem claro se entendermos Sheol no significado comum, referindo-se ao reino da morte. O salmista estará então dizendo que as nações ímpias, embora agora se orgulhem de seu poder, serão extirpadas pela morte.

Outra passagem apresentada por Berkhof é a do Salmo 55:15: "A morte os assalte, e vivos desçam ao Sheol!" À luz do princípio do paralelismo que, geralmente, caracteriza a poesia hebraica, pareceria que a segunda linha está apenas repetindo o pensamento da primeira linha: a morte (ou desolação, na leitura marginal) virá sobre estes meus inimigos. Descer vivo ao Sheol, então significaria morte súbita, mas não implicaria, necessariamente, punição eterna.

Outro texto ainda citado por Berkhof, relacionado com isto, é o de Provérbios 15:24: "Para o entendido há o caminho da vida que o leva para cima, a fim de evitar o Sheol em baixo". Mas aqui novamente se encontra o contraste óbvio entre vida e morte, a última representada pela palavra Sheol.

Não foi definitivamente comprovado, portanto, que Sheol possa designar o lugar de punição eterna. Mas é verdade que já no Velho Testamento começa a aparecer a convicção de que o destino do ímpio e o destino do piedoso, após a morte, não são o mesmo. Esta convicção é expressa primeiramente na crença de que, embora o ímpio permanecerá sob o poder do Sheol, o piedoso finalmente será liberto desse poder.

A DOUTRINA DO SONO DA ALMA

Esta é uma das formas em que a existência consciente da alma depois da morte é negada. Ela afirma que depois da morte, a alma continua a existir como um ser espiritual individual, mas num estado de repouso inconsciente. Eusébio faz menção de uma pequena seita da Arábia que tinha esse conceito. Durante a idade Média havia bem poucos dos chamados psicopaniquianos, e na época da Reforma esse erro era defendido por alguns dos anabatistas. Calvino chegou a escrever um tratado contra eles intitulado Psychopannychia. No século dezenove esta doutrina era propugnada por alguns dos irvingitas da Inglaterra, e nos nossos dias é uma das doutrinas favoritas dos russelitas ou dos sectários da aurora do milênio nos Estados Unidos. Segundo estes últimos, o corpo e a alma descem à sepultura, a alma num estado de sono que de fato equivale a um estado de não existência. O que é chamado ressurreição, na realidade é uma nova criação. Durante o milênio os ímpio terão uma segunda oportunidade, mas , se eles não mostrarem um assinalado melhoramento durante os cem primeiros anos, serão aniquilados. Se nesse período evidenciarem alguma correção de vida, continuarão em prova, mas somente para acabar na aniquilação se permanecerem impenitentes. Não existe inferno, não existe nenhum lugar de tormento eterno. A doutrina do sono da alma exerce peculiar fascínio sobre os que acham difícil acreditar na continuidade da vida consciente fora do corpo.

ESTADO DOS JUSTOS ENTRE A MORTE E A RESSURREIÇÃO

A posição das igrejas reformadas é de que as almas dos crentes, imediatamente após a morte, ingressam nas glórias dos céus. Este conceito encontra ampla justificação nas escrituras, e é bom tomar nota disto, visto que durante o último século alguns teólogos reformados calvinistas assumiram a posição de que os crentes, ao morrerem, entram num lugar intermediário e ali permanecem até o dia da ressurreição. Todavia, a Bíblia ensina que a alma do crente, quando separada do corpo, entra na presença de Cristo. Diz Paulo : "estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor", II Cor.5:8.

A CONDIÇÃO DO ÍMPIO APÓS A MORTE

As passagens que falam da condição do injusto de pios da morte não são tão numerosas quanto as que encontramos a respeito da condição do justo. Porém as que temos são suficientemente claras para que não nos reste dúvida alguma sobre o assunto.

No Evangelho de Lucas lemos: "E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, erguendo os olhos, estando em tormentos, viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio (Lc.16:22-23)". E no verso 26 desse mesmo capítulo: "E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá".

São do apóstolo Pedro as palavras que seguem: "Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados" (II Pd.2:9).

Além dessas passagens que acabamos de citar, temos as que já consideramos em relação à condição do justo. Estas passagens, de uma maneira negativa, apoiam as outras. Destas considerações tiramos as seguintes conclusões:

Que os ímpios no estado intermediário estão em pleno exercício de suas faculdades.

Que já estão sofrendo as dores do inferno, porque o ímpio, quando fecha os olhos neste mundo, os abre no inferno.

DOUTRINA CATÓLICA ROMANA

O PURGATÓRIO

De acordo com a igreja de Roma, as almas dos que são perfeitamente puros por ocasião da morte são imediatamente admitidos no céu ou na visão beatífica de Deus; mas os que não se acham perfeitamente purificados, que ainda levam sobre si a culpa de pecados veniais e não sofreram o castigo temporal devido aos seus pecados - e esta é a condição da maioria dos fiéis quando morrem - têm que se submeter a um processo de purificação, antes de poderem entrar nas supremas alegrias e bem-aventuranças do céu. Em vez de entrarem imediatamente no céu, entram no purgatório.

O purgatório não seria um lugar de prova, mas de purificação e de preparação para as almas dos crentes que têm a segurança de uma entrada final no céu, mas ainda não estão prontas para apossar-se da felicidade da visão beatífica. Durante a estada dessas almas no purgatório, elas sofrem a dor da perda, isto é, a angústia resultante do fato de que estão excluídas da bendita visão de Deus, e também padecem "castigo dos sentidos", isto é, sofrem dores que afligem a alma.

O LIMBRUS PATRUM

A palavra latina limbus (orla, borda) era empregada na Idade Média para denotar dois lugares na orla ou na borda do inferno, a saber, o limbus patrum (dos pais) e o limbus infantum (das crianças). Aquele era o lugar onde, segundo os ensino de Roma, as almas dos santos do Velho Testamento ficaram detidas, num estado de expectativa, até à ressurreição do Senhor dentre os mortos. Supõe-se que, após sua morte na cruz, Cristo desceu ao lugar de habitação dos pais para livrá-los do seu confinamento temporário e levá-los em triunfo para o céu. Esta é a interpretação católica romana da descida de Cristo ao Hades. O Hades é considerado como o lugar de habitação dos espíritos dos mortos, tendo duas divisões, uma para os justos e a outra para os ímpios.

O LIMBUS INFANTUM

Este seria o lugar de habitação das almas de todas as crianças não batizadas, independentemente de sua descendência de pais pagãos, quer de cristãos. De acordo com a igreja Católica Romana, as crianças não batizadas não podem ser admitidas no céu, não podem entrar no Reino de Deus, Jo.3:5. Sempre houve natural repugnância, porém, pela idéia de que essas crianças devem ser torturadas no inferno, e os teólogos católicos romanos procuraram um meio de escapar da dificuldade. Alguns achavam que tais crianças talvez sejam salvas pela fé dos pais, e outros, que Deus pode comissionar os anjos para batizá-las. Mas a opinião predominante é que, embora excluídas do céu, é-lhes destinado um lugar situado nas bordas do inferno, aonde não chegam as chamas terríveis.

CONCLUSÃO

Entendemos pelas escrituras que a alma permanece viva e consciente após a morte do corpo. Nesse estado, a alma do justo já se encontra na presença do Senhor, em um lugar que normalmente denomina-se "paraíso". O ímpio, por sua vez, já se encontra em tormentos no inferno. Tais lugares são de permanência temporária, até que venha o Juízo Final.

Após o juízo, os justos serão introduzidos no céu e os ímpios serão lançados no lago de fogo.

Ler 17581 vezes
Avalie este item
(3 votos)

Comentários   

0 #8 Lígia Camargo 12-05-2018 00:25
Creio que após a morte todos vão direto para o juízo final. Não há contagem de tempo para Deus. Ao menos, não como nós que contamos dias, horas. Após a morte, fora deste tempo humano, vamos direto ao Último Dia.
Citar
+2 #7 Lourdes 12-07-2017 02:28
Entendo que o ser humano é espírito, possui uma aí uma alma e habita corpo, no estado intermediário da alma, estamos com o senhor , o nosso corpo q o Senhor vai ressuscitar num corpo semelhante ao dele quando da sua ressurreição, então o completo ser humano, viverá para sempre com.Deus
Citar
0 #6 Gustavo 05-12-2016 01:59
Olá, Marques.

Citando Marques:
Se o ser humano tem uma alma, por que as Escrituras explica que que o homem é uma alma? Gn 2: 7; 1ªCo 15: 45.

Quando buscamos o significado de uma palavra, devemos deixar o contexto definir o que ela significa. Assim, nos textos que você menciona, a palavra alma é usada para se referir ao ser humano. Mas em outros textos, como Gênesis 35:18, a palavra se refere a algo que o ser humano possui (e veja que aqui nem estou entrando no mérito de discutir o que exatamente seria isto).
Assim, não podemos definir o significado de uma palavra baseado em um texto ou outro. Toda palavra tem uma gama variada de significados que são definidos pelo contexto. Até em português acontece isto.

Abraços.
Citar
0 #5 Gustavo 05-12-2016 01:53
Olá, Angelo!

Citando Angelo Jose de Negre:
Mais uma explanação formidável! Faço uma ressalva: a doutrina do limbo das crianças não é mais admitida pela Igreja Católica. Apresento duas questões: Jesus fala, ao ladrão arrependido, do alto de sua cruz: "Ainda hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23,43). Como fica, diante disso, esta questão de estado intermediário? A Carta aos Hebreus fala que o homem só morre uma vez e logo em seguida vem o juízo (Hb 9,27). Diante desse juízo, como fica o juízo final? Se o homem já foi julgado, porque necessitaria de outro julgamento? Se for oportuno, gostaria que você falasse sobre a "primeira ressurreição" e a "segunda morte" (Ap 20,1-15). Obrigado, desde já!

Obrigado pela informação. Eu apenas traduzi o texto, que pode estar desatualizado em algum ponto ou outro, mas o conteúdo pode ter coisas interessantes ainda.

Tratamos da questão de Lucas 23 em outro texto: http://www.e-cristianismo.com.br/teologia/apologetica/a-pontuacao-de-lucas-23-43.html

Sobre os outros pontos, vou precisar de um pouco mais de tempo para te responder.
Citar
+1 #4 Marques 01-12-2016 12:00
Se o ser humano tem uma alma, por que as Escrituras explica que que o homem é uma alma? Gn 2: 7; 1ªCo 15: 45. Os textos diz: "E soprou na nariz e o homem, passou a ser alma vivente".
"E o homem foi feito alma vivente". (alma, ser, pessoa, ou animal vivente como está escrito no original hebraico) Então, o ser humano não tem uma alma, ele é alma. Seu que o caro irmão não diferencia a alma (psyche) do espírito (pneuma) conceito que não tenho para mim a alma é o ser humano e o espírito o sopro de Deus. Na tradução Ave Maria ano 1959 Eclesiastes 12: 7, é traduzido sopro de vida com fez outros tradutores, mesmo assim não sobe para o céu, pois Deus estar em toda parte. Entre a ressurreição e a morte a pessoa dorme isto é ensinado desde o AT. ao NT. não da forma que é ensinado pelos testemunha de Jeová e outras denominações. Minha conclusão: o ser humano não tem uma alma ele próprio é uma alma (pessoa) entre a morte e a ressurreição todos dormimos justos e injustos, que a parábola de Lázaros representa dos povos, o rico a nação judaica, o mendigo o mundo gentio.
Citar
0 #3 Angelo Jose de Negre 21-10-2016 20:29
Mais uma explanação formidável! Faço uma ressalva: a doutrina do limbo das crianças não é mais admitida pela Igreja Católica. Apresento duas questões: Jesus fala, ao ladrão arrependido, do alto de sua cruz: "Ainda hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23,43). Como fica, diante disso, esta questão de estado intermediário? A Carta aos Hebreus fala que o homem só morre uma vez e logo em seguida vem o juízo (Hb 9,27). Diante desse juízo, como fica o juízo final? Se o homem já foi julgado, porque necessitaria de outro julgamento? Se for oportuno, gostaria que você falasse sobre a "primeira ressurreição" e a "segunda morte" (Ap 20,1-15). Obrigado, desde já!
Citar
+1 #2 Gustavo 03-12-2015 22:52
Olá, Ewerson.

Citação:
Se os mortos em Cristo já estão com Jesus porque haverá a ressurreição dos mortos, se eles já estão no céu já estão com corpos celestiais e na presença de Deus, porque precisam desses corpos carnais?
Por que uma alma sem corpo não é um ser humano completo. Um ser humano é composto de alma e corpo.
Citar
-2 #1 ewerson luiz stange 18-11-2015 01:08
Se os mortos em Cristo já estão com Jesus porque haverá a ressurreição dos mortos, se eles já estão no céu já estão com corpos celestiais e na presença de Deus, porque precisam desses corpos carnais? E os mortos sem
Cristo se eles já estão no inferno, e o inferno foi feito pra satanás e seus anjos, porque eles também precisam ser ressuscitados para ser lançados no lago de fogo, sabendo que o lago de fogo é eterno ,qual a diferença de estar no inferno e no lago de fogo e enxofre?
Citar

Últimos artigos

Assuntos principais

Últimos comentários